Conheça essa nova modalidade adotada pelos hospitais após a crise causada no sistema de saúde pela COVID-19
A necessidade de adaptação
Com a incidência de inúmeros casos advindos da COVID-19, as Unidades de Terapia Intensiva tiveram que se adaptar a uma nova demanda de pacientes gravíssimos, esgotamento de leitos, recursos e sobrecarga de trabalho por parte de todas as equipes de profissionais envolvidos nos processos. De alguma forma, muitas UTIs conseguiram se adaptar a essa nova realidade e criou-se o termo UTI resiliente.
Mas o que é a UTI Resiliente?
No geral, em qualquer sistema de saúde o conceito de resiliência já é conhecido. Ele tem a ver com a capacidade que uma instituição tem em se adaptar rapidamente e responder frente a um caso de crise, essa resposta vai desde de mecanismos administrativos; como um melhor atendimento da recepção, triagem de enfermagem e primeiro atendimento médico, à necessidade de novos equipamentos e insumos em resposta a altura da demanda e para quadros mais complexos como caso de internações e intervenções cirúrgicas, visando sempre um bom desfecho em todos os casos.
A aplicação efetiva da UTI resiliente no ambiente hospitalar
E em relação às Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), a atuação efetiva da UTI resiliente é buscar ser capaz de responder não só a calamidades como uma pandemia, mas também a momentos de ameaça como mudanças no “case-mix” (perfil de pacientes que internam na unidade) e aumento repentino no volume de admissões.
Na prática, a UTI resiliente deve estar preparada para se adaptar imediatamente às mudanças no perfil dos seus pacientes, gravidade de casos, buscando causar o mínimo de impacto nos desfechos. Cabe a UTI resiliente perceber o momento de crise e incorporar novas práticas de imediato, buscando o controle da situação.
O conceito dos 5`S
Uma prática utilizada nas UTIs resilientes é da aplicação dos 5S que significam: S(staff- equipe), S(stuff-estrutura/equipamentos), S(space-espaço), S(system-sistema) e S(Science-ciência).
O intuito é aplicar e avaliar os 5 conceitos em um case para que se possa obter o melhor resultado. Utilizando de exemplo a pandemia, algumas UTIs se adaptaram utilizando os 5S, possibilitando assim lidar com toda a demanda de pacientes graves, incorporando a prática baseada em evidências clínicas e científicas já praticadas e com bons resultados, assim como incorporar novos conhecimentos sobre procedimentos efetivos (corticosteroides, suporte ventilatório não invasivo), equipamento de maior suporte de vida (oxímetro, monitor, inaladores, aspiradores e equipamento de suporte respiratório e anestésicos) bem como identificar medicações que não trazem resultados (hidroxicloriquina, ivermectina), garantido assim, atendimento rápido e preciso, sem perda de tempo e recursos com práticas que não fossem embasadas em evidências científicas favoráveis.
Uma forma de avaliar sua eficiência é através de estatísticas de taxa de mortalidade, período de internação na UTI e taxas de complicações infecciosas.
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